O destino certamente já está traçado para Corinthians ou Vasco. Mas os torcedores dos dois clubes que têm chances de conquistar o Brasileirão neste domingo estão agarrando-se a todos os santos, fazendo promessas para que os resultados desta 38ª rodada lhes favoreçam. E os mais devotos estão recorrendo a São Jorge, no caso dos paulistas; e a São Januário, no caso dos cariocas. Mas você sabe quem são esses santos? E sabe por que Corinthians e Vasco estão ligados a eles? Então vamos relembrar:
SÃO JORGE
São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo. É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro. O acaso ligou a trajetória do Sport Club Corinthians Paulista a São Jorge. Durante seus 90 anos de história, glórias e percalços, o Corinthians incorporou publicamente o estigma de time guerreiro, que jamais desanima e persegue incansavelmente seus objetivos, também atribuídos ao santo. Mas há quem conteste esta versão. Segundo o monsenhor Arnaldo Beltrame, responsável pela capela do clube, São Jorge era o padroeiro do Corinthians Football Club, equipe inglesa que, em visita ao Brasil, inspirou o nome do Corinthians Paulista, em 1910.
SÃO JANUÁRIO
São Januário, patrono de Nápoles, foi bispo de Benevento, no século três. De acordo com a tradição, Januário chamava-se Prócolo e pertencia à família patrícia dos “Ianuarii”, consagrada ao deus Jano. Condenado, segundo conta-se, à morte durante as perseguições de Diocleciano, é considerado santo e mártir tanto para as igrejas católicas como ortodoxas. É festejado no dia dezenove de setembro, quando se supostamente se repete o milagre da liquefação de seu sangue, armazenado num relicário. Curiosamente, a relação de São Januário com o Clube de Regatas Vasco da Gama é apenas geográfica, pois esse é o nome de uma das principais vias de acesso ao estádio – a única durante muito tempo, onde circulavam os bondes que levavam e traziam os torcedores.
Comentário meu - Está provado que religião não ganha jogo. Se ganhasse, o time do Vaticano não perderia pra ninguém. Mas já que o assunto aqui é a religiosidade, li esses dias uma frase interessante do padre Marcelo Rossi, para muitos, um sacerdote que, pela seu trabalho social e imensa popularidade, seria potencialmente um candidato à beatificação. A reação dele: “Sou apenas um corintiano, não me santifica não”. Sem querer fazer trocadilho, mas, para quem é da Fiel, está aí um reforço de peso para o desfecho deste disputadíssimo Brasileirão 2011.
Marcondes Brito.
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