O prefeito Gilmar Olarte (43), na foto, de Campo Grande (MS), promoveu no dia 31 de outubro a “Quinta Gospel”. Estima-se que o evento custou R$ 600 mil aos cofres públicos.
Filiado ao PP, Olarte decidiu, assim, afrontar o MPE (Ministério Público Estadual), que recomendou a suspensão do evento religioso.
De acordo com a Constituição, o Estado brasileiro é laico, o que significa que nenhuma instância de governo pode se envolver direta e indiretamente com crença religiosa.
A realização do evento beneficiou a religião do próprio Olarte. Ele é pastor evangélico, além de empresário e radialista.
Vereadores criticaram Olarte por ele parecer ser prefeito somente dos evangélicos.
O certo, segundo eles, seria o prefeito promover eventos também para fiéis de outras religiões, incluindo as de matriz afro-brasileira, que são as crenças mais discriminadas por fiéis de outras religiões.
O promotor Gerson Eduardo de Araujo, do MPE, abriu inquérito civil para apurar se Olarte, ao insistir no evento religioso, cometeu improbidade administrativa.
No dia 30 de outubro, o MPE já tinha anunciado uma ação civil pública contra a prefeitura para que o evento fosse cancelado.
O argumento da ação foi de que o prefeito não pode favorecer determinados grupos e religiões, devendo se pautar pelo “interesse público, e não por dogmas religiosos”. O prefeito ignorou, colocando-se acima da Constituição.
Na terça-feira (4), o MPE voltou a advertir o prefeito que ele não pode favorecer sua religião nem outra qualquer. Olarte terá de se manifestar no prazo de 10 dias.
Com informação das agências e foto de divulgação.
www.paulopes.com.
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