A criação de um ministério responsável única e exclusivamente pela segurança pública está decido. O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, afirmou que o objetivo é instituir a pasta para que o governo federal possa entrar de forma mais incisiva na questão. “O presidente (Michel Temer) decidiu.
O governador Ricardo Coutinho (PB) é um dos pioneiro na defesa da criação deste Ministério. Fez várias propostas para Dilma e Temer implorando por este instrumento. Hoje mesmo o governador em seu discurso para os deputados na abertura dos trabalhos da Assembléia fez uma exposição das necessidade e da estrutura que ele defende para este Ministério.
Os últimos acontecimentos de violência no Rio de Janeiro, em que bandidos fizeram arrastões em bairros da zona sul, preocupam Temer. “Ele ficou chocado com algumas situações de violência extrema e até de aparente descontrole que se evidenciaram em alguns pontos do Brasil nos últimos dias”, disse Marun. As conversas em torno da criação do ministério já estavam avançadas. “Já existem alguns ministros envolvidos na discussão desse tema e debatendo diretamente com o presidente”, disse o articulador político do governo.
O presidente cobrou estudos necessários para a instituição do ministério. Somente após isso alguma decisão será tomada. “A palavra final foi dele a partir do momento em que recebeu os estudos e participar dos debates que estão sendo conduzidos ainda internamente”, afirmou Marun. Eventuais candidatos ao posto de ministro da pasta sequer são cogitados. “Primeiro o presidente vai avaliar, depois vai decidir, depois vai pensar em nomes”, ressaltou o ministro.
Atualmente, o Ministério da Justiça também se encarrega dos assuntos de segurança pública. A criação de uma nova pasta para cuidar do tema pode, no entanto, mexer na estrutura da Polícia Federal, atualmente subordinada à Justiça. Para Marun, isso não seria um problema. “Penso que esta questão de onde a PF vai estar é uma questão de segundo plano. Se o presidente chegar à conclusão que é necessário um ministério extraordinário para que auxiliemos os estados e venhamos a atuar diretamente na solução desse problema que se torna cada vez mais grave no Brasil, isso deve ser feito”, ponderou.
O responsável pela articulação política entre o Planalto e o Congresso Nacional prega, entretanto, que não é o ministério o único responsável por resolver o problema da insegurança no país. “O ministério não resolve problema de segurança pública. As ações a serem adotadas e levadas a efeito pelo ministério pode, sim, contribuir com os problemas”, sustentou Marun.
A ideia é que a pasta trabalhe com ações coordenadas junto aos estados, para melhor auxílio às unidades da federação. Apesar da situação da violência no país, Marun evitou fazer críticas às gestões estaduais. “Temos que avaliar a concretude do que está acontecendo. E a concretude é que, se fizeram todos o que foi possível, o possível não foi suficiente para avançar na questão da situação. Temos que avançar”, enfatizou.
Fonte: correiobraziliense/Polêmica Paraíba
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