Um um espaço da escola um grupo planta alface, tomate, coentro e repolho, aprendendo na prática a cultivar o solo e a produzir alimentos saudáveis. Essa ação faz parte da disciplina de ‘Intervenção Social’ do curso técnico em Agropecuária na Escola Cidadã Integral Técnica Agenor Clemente dos Santos, em Alagoinha. O novo modelo de educação foi implantado no início deste ano com o curso técnico integrado ao Ensino Médio, realizado inicialmente com duas turmas: 1º e 2º ano, beneficiando aproximadamente 150 alunos.
A escola, além do Ensino Médio, oferta o 7º e 9º ano do Ensino Fundamental, tendo um total de 422 estudantes. Todos os alunos que estão ingressando no 1° ano do Ensino Médio fazem o curso técnico, que tem a duração de três anos. A escola fica em uma área rural. Segundo o gestor da escola Neto Camilo Pereira, “a agropecuária é base da economia local, portanto, o curso veio com o objetivo de formar profissionais para atender demandas do setor produtivo da região”. No curso são trabalhadas todas as disciplinas básicas do Ensino Médio e as disciplinas diversificadas da Escola Cidadã Integral Técnica, voltado para o projeto de vida dos alunos.
‘Topografia’, ‘Manejo do Solo’, ‘Irrigação’, ‘Gestão Rural’, ‘Meio Ambiente’, entre outras, são algumas disciplinas do curso ministradas pelo professor e mestre em Zootecnia, Wendel Pires. Para atrair a atenção dos alunos para o curso foi necessário promover ações interdisciplinares nas salas de aula. Os professores trabalharam assuntos da agropecuária em cada disciplina: Matemática, Química, Biologia e Português.
“Estamos realizando o projeto ‘Cadastramento Ambiental Rural’ na disciplina de ‘Topografia’, em que os alunos visitam a propriedade, fazem a medição, em seguida vamos para a parte computacional, e eles fazem toda arte de gráfica e a documentação. Essa já é uma área da agropecuária em que os alunos podem atuar”, disse o professor.
Na escola, os alunos também contam com um espaço apropriado para a plantação de horta, além disso, têm aulas práticas na Empresa Paraibana de Pesquisa e Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), utilizando como uma fazenda experimental. “Isso é de extrema importância e necessidade, pois os alunos vivenciam a realidade agropecuária da região”, observou o gestor.
Marcílio Vieira e Laysa de Araújo são filhos de agricultores e estudantes do curso. Eles têm levado os ensinamentos das aulas para dentro de casa. “O curso está sendo essencial para mim, meus pais não tiveram essa oportunidade que estou tendo, por isso posso ajudá-los e levar para eles meu projeto de vida, que é me formar em agropecuária e zootecnia”, contou Marcílio Vieira.
Para a professora do Projeto de Vida, Robéria Luiza, o mais importante da escola é ajudar os alunos a descobrirem a carreira que eles querem seguir. “Vemos os alunos como protagonistas, por isso trabalhamos não só a parte profissional, também a parte pessoal: O que eu sou e o que quero ser! Buscamos motivar isso para que eles consigam, mostrando que é possível. Hoje os alunos têm uma segurança, conseguem focar nesse caminho, eles interagem bastante dentro da sala de aula, por isso realizamos esse momento em um ambiente aconchegante”, falou.
Nayanne Gabrielly da Silva é estudante do 3º ano e participou do programa Gira Mundo em 2018. “Este ano a escola está maravilhosa, as disciplinas diversificadas são muito importantes, isso acarreta muitos conhecimentos para nós. A Escola Cidadã Integral é fundamental tanto para o nosso desenvolvimento psicológico, como também melhora o nosso rendimento escolar, além de sair preparado para o mercado de trabalho. Foi melhor coisa a escola ter se tornado Cidadã Integral”, ressaltou.
Aos 12 anos de idade, Elizeu Santana, faz o 7º ano do ensino fundamental. Ele conta que está muito feliz por saber que vai continuar na escola, mas com um novo modelo de educação. “Com o modelo Integral, eu vi um progresso na escola, pois os estudos vão além. Meu projeto de vida é terminar meus estudos e ser um médico”, disse.
Secom
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