sábado, 1 de fevereiro de 2020

ALAGOA GRANDE: Incra-PB realiza solenidade de imissão de posse de parte do território de Caiana dos Crioulos, na segunda-feira, 3


O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na Paraíba (Incra/PB) vai se imitir na posse de um dos imóveis inseridos no território da comunidade quilombola Caiana dos Crioulos, localizada no município de Alagoa Grande, o imóvel Sapé, com cerca de 292 hectares. A solenidade está marcada para a segunda-feira (3), às 14h30, próximo à casa-sede do imóvel, e vai contar com a presença da secretária nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Sandra Terena, de representantes do Incra e de lideranças quilombolas.

Localizada no agreste paraibano, a cerca de 122 quilômetros de João Pessoa, a comunidade Caiana dos Crioulos tem 98 famílias e um território de aproximadamente 646 hectares, que já foi identificado pelo Incra/PB. 

As famílias vivem principalmente de culturas de subsistência, como feijão, fava, milho, mandioca, inhame, batata-doce, bem como da criação de animais e da fruticultura. 
A comunidade ainda mantém bem vivas as tradições herdadas de seus antepassados africanos e preserva vários traços de sua cultura e história. Entre as manifestações culturais da comunidade estão os grupos de Coco de Roda e de Ciranda, que se apresentam em eventos culturais e educacionais na Paraíba e em outros estados brasileiros. 
Processo de regularização

A missão de regularizar os territórios quilombolas foi atribuída ao Incra em 2003, com a promulgação do Decreto nº 4.887, que regulamentou o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata a Constituição Federal em seu Artigo 68.

As comunidades quilombolas são grupos étnicos predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana, que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o País existam mais de três mil comunidades quilombolas.

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