sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Justiça decreta prisão do Padre Egídio e investigadas por desvios no Padre Zé

 


O desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba, determinou, nesta sexta-feira (17), as prisões do padre Egídio de Carvalho Neto e das ex-funcionárias do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas (ex-diretora administrativa) e Amanda Duarte (ex-tesoureira). O pedido foi formulado em grau de recurso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), após ser rejeitado pela 4ª Vara Criminal de João Pessoa.


As buscas, nesta sexta, estão sendo feitas pelo Gaeco e pela Polícia Civil, que integram a Força-Tarefa criada para investigar supostos desvios de recursos do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA). As duas instituições eram comandadas até pouco tempo pelo padre Egídio. Os três com mandados de prisão em aberto foram alvos da “Operação Indignus”, desencadeada no mês passado justamente no curso da investigação.


A operação mostrou um rastro de vida luxuosa deixado pelo Padre Egídio, com granja e apartamentos de alto padrão em nome dele. Na granja, de acordo com informações obtidas pelo blog, vinhos caríssimos dividiam espaço com obras sacras de grande valor e eletrodomésticos que simbolizam bom gosto e ostentação.


A apuração, segundo o Gaeco, aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos. As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.


O escândalo foi descoberto após denúncia do desaparecimento de celulares doados ao Hospital Padre Zé pela Receita Federal do Brasil. Os equipamentos seriam leiloados para que os recursos fossem revertidos para a manutenção da instituição de saúde. Um funcionário do hospital, chamado Samuel Rodrigues, chegou a ser preso, mas teve a detenção convertida no cumprimento de medidas cautelares. Ele até tentou fazer acordo de delação premiada, mas ela não foi aceita pelo Ministério Público.


Politicaetc

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