domingo, 10 de dezembro de 2017

PPS fecha questão a favor da Previdência; PSDB decide na próxima semana

O diretório nacional do PPS decidiu neste sábado (9), em Brasília, fechar questão a favor da reforma da Previdência, que tem como relator o deputado Arthur Maia, filiado ao partido. Quando isso ocorre, os parlamentares da legenda ficam obrigados a seguir a orientação do partido sob pena de punição. No entanto, como há divergências dentro do partido, especialmente na bancada na Câmara dos Deputados, é improvável que a sigla puna os desobedientes.

As divergências entre a direção do partido e parte da bancada na Câmara ficaram claras, durante a reunião do diretório nacional, quando apenas dois deputados se colocaram a favor da mudança nas regras da aposentadoria e seis não compareceram ao encontro. O presidente do partido, deputado Roberto Freire, ex-ministro da Cultura do governo Temer, disse que não pedirá aos deputados para seguirem a determinação da direção do partido e lamentou as divergências.

“Pedir a mim para falar com uma bancada que, quando eu era ministro do governo, não teve a mínima consideração, votou com a sua consciência”, disse Freire, referindo-se às votações das denúncias contra o presidente Michel Temer, quando alguns deputados contrariaram o fechamento de questão pela admissibilidade dos pedidos.



Outros partidos – Além do PPS, até o momento, o PMDB (partido de Temer) e o PTB decidiram fechar questão a favor da reforma da Previdência. Hoje, após ser eleito presidente do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que vai convocar, na próxima semana, uma reunião da Executiva Nacional e da bancada tucana na Câmara para definir o posicionamento do partido em relação à na votação da reforma da Previdência. O tucano disse ser favorável ao fechamento de questão a favor da proposta do governo, mas preferiu adotar um tom cauteloso ao se referir à posição do partido.

O novo presidente nacional do PSDB e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, eleito neste sábado na convenção do partido, vai convocar uma reunião da Executiva Nacional e da bancada tucana na Câmara na próxima semana para definir o posicionamento do partido na votação da reforma da Previdência. Alckmin disse ser favorável ao fechamento de questão a favor da proposta do governo, mas adotou um tom cauteloso ao se referir à posição do partido.

“Pessoalmente, sou favorável à reforma da Previdência. Já a fiz, em 2011, em São Paulo. A minha posição pessoal é pelo fechamento de questão, mas essa não é uma decisão só da executiva do partido. É também da bancada. Acho que o caminho agora é o caminho do convencimento”, disse Alckmin, que foi escolhido novo presidente do PDSB por 470 votos a favor, três contrários e uma abstenção.

Na última quinta-feira, o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que a reforma da Previdência deverá ser colocada em votação na Casa no próximo dia 18 de dezembro. Como se trata de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), para ser aprovada, são necessários, pelo menos, 308 votos favoráveis, em dois turnos.

Agência Brasil

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