quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Acidente em Taguaí é o maior em número de mortes nas rodovias estaduais de SP em 22 anos

 
O acidente envolvendo um ônibus e um caminhão na manhã desta quarta-feira (25), na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, que deixou ao menos 41 mortos, é considerado o maior das rodovias estaduais de São Paulo nos últimos 22 anos, segundo o Comando de Policiamento Rodoviário da PM do estado.

A tragédia nesta quarta ocorreu em Taguaí, na região de Avaré (SP), ocorreu em trecho de curva, na altura do km 172 da via, que tem pista simples. O ônibus levava funcionários de uma indústria têxtil a caminho do trabalho.

Em 1998, um acidente na Rodovia Anhanguera (SP-330) deixou 55 mortos em Araras. A colisão envolveu dois ônibus que levavam 98 romeiros Anápolis (GO), uma carreta de combustível e um caminhão carregado com bebida.

A batida ocorreu de madrugada na altura no km 179 da Anhanguera, entre as cidades de Araras e Leme (SP), em um trecho de subida.

O caminhão estava carregado com 26 mil litros de diesel e 6 mil litros de gasolina saiu da pista, tombou no canteiro central e explodiu criando uma enorme cortina de fogo e fumaça, comprometendo a visibilidade da pista. Este foi uma das piores tragédias rodoviárias da história do país.

O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o estado está fazendo investimentos nas rodovias e que ainda está sendo investigado o que causou o acidente nesta quarta em Avaré. Ele pediu esforços às autoridades de segurança e ao Instituto Médico Legal (IML) na identificação dos corpos.

O acidente em Avaré

Segundo a Polícia Militar Rodoviária de Itapeva, não são comuns acidentes no trecho da rodovia onde foi registrada a batida nesta quarta-feira. A causa do acidente é investigada. A suspeita da polícia é a de que uma ultrapassagem teria provocado a colisão.

Após o acidente, o caminhão bitrem, que levava carga de esterco, invadiu uma propriedade rural. O motorista do caminhão é um dos sobreviventes.


O Governo de São Paulo informa que montou uma força-tarefa para identificar e liberar os corpos das vítimas. O Coordenador da Defesa Civil do Estado, Coronel Walter Nyakas Júnior, e os Secretários de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e de Saúde, Jean Gorinchteyn, vão até o local para coordenar os resgates, visitar os hospitais onde estão as vítimas e agilizar a liberação dos corpos.


O Governo também convocou a população para doação de sangue no hemocentro de Botucatu para ajudar ao atendimento médico dos feridos.


Uma lista recebida pelas equipes de resgate aponta que 52 trabalhadores estariam no ônibus, além do motorista. A polícia trabalha na identificação das vítimas.


"A informação inicial, [seriam] funcionários de uma empresa, ao menos 53, não temos dados precisos, é uma região de difícil acesso. Pessoas socorridas para hospitais da região e outras estão recebendo socorro, presas nas ferragens", informou o tenente Alexandre Guedes, porta-voz da PM de São Paulo.


Médico pede orações

O médico intensivista Gabriel Ortega conta que foi deslocado da UTI do hospital de Taquarituba para o pronto-socorro. De seis pacientes levados ao hospital pela manhã, dois morreram no caminho .


G1


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