quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ministério Público de Mari realiza audiência pública para ajustar programação de emissora local

O Ministério Público da Comarca de Mari, através do Promotor de Justiça Dr.Manoel Serejo, realizou nesta quarta-feira, 16, uma audiência pública para discutir as questões que envolvem a rádio comunitária Araçá FM da cidade. Segundo Dr. Manoel Serejo, reclamações contra a emissora local ocorrem diariamente. "Está ocorrendo diariamente reclamações da população, dos órgãos públicos em questiúnculas contra a rádio Araçá, a exemplo de pedido de gravações, ações na justiça, programa de babão. Tudo isso ai não condiz com uma imprensa livre. Constantemente a pauta dos últimos dias na comarca de Mari envolve cidadãos e a emissora. Quero que haja um debate sadio e de respeito mútuo. 

O ministério público não está aqui para brincadeira, nós temos obrigações e deveres. Portanto, quero esclarecimentos das pessoas que aqui estão sendo prejudicadas. Meu interesse é acabar com brincadeira de gato e rato. Vamos dar um basta nisso. Ações mais sérias eu tomarei", disse o Promotor de Justiça de Mari durante a abertura da audiência pública. 


 A audiência pública foi realizada no auditório do fórum local, que ficou lotado. O promotor de Justiça Dr. Manoel Serejo abriu o evento permitindo que as pessoas presentes representantes da sociedade organizada, do poder público local e rádio Araçá se pronunciassem sobre o assunto. Para o vice-presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Mari, Assis Firmino, a rádio Araçá FM precisa fazer um trabalho correto e sério. "A rádio comunitária Araçá FM precisa fazer um trabalho correto e sério, ela precisa garantir espaço para toda a sociedade. Ela não foi fundada para tirar do ar um programa de um sindicato de trabalhadores rurais que tem 50 anos de fundação. 


A rádio Araçá FM não foi criada para se tirar um programa de cultura do ar, para colocar um programa com o quadro a hora do babão. Isso não ajuda Mari em nada Não se pode mexer na programação da emissora sem ouvir o Conselho Comunitário, mas o presidente da rádio Araçá mexe e faz o que quer. Nós queremos que através do ministério público haja um equilíbrio na programação da rádio Araçá FM. Não queremos impedir o funcionamento da emissora, queremos a rádio funcionando. Sim a uma rádio comunitária, não a uma rádio partidária", disse Assis Firmino. Durante a audiência pública houveram inúmeras participações, inclusive do padre Jarciel Sátiro, pároco da cidade e de representantes das igrejas evangélicas. Para o padre Jardiel, a rádio Araçá FM é muito importante para a sociedade mariense. "A rádio é muito valorosa. O trabalho da emissora serve muito. O que ocorre é que as vezes quando estamos exaltados podem sair palavras depreciativas, isso é que deve ser discutido. Precisamos respeitar a pessoa humana", disse Jardiel.

 Para Luis Trindade, vice-presidente da cooperativa do assentamento Tiradentes, a rádio local não vem cumprindo seu papel social. "Ultimamente a rádio Araçá FM não vem cumprindo seu papel social. Quem manda nesse emissora é o presidente Ramos. As assembleias da emissora não tem a participação da sociedade. Recentemente o programa do AA (Alcoólicos Anônimos) foi cancelado", disse Trindade. Segundo Dr. Serejo, a audiência pública não teve o objetivo de fechar a rádio, mas de buscar um diálogo para um equilíbrio, um disciplinamento, um ajuste da programação da emissora. Nova data foi marcada para uma reunião entre a Promotoria Pública de Mari, direção da Araçá FM, governo municipal e representantes da sociedade organizada.
Foto 1; Promotor de Justiça abrindo a audiência pública Da redação do blog do professor Josa

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